quinta-feira, 9 de agosto de 2012

a morte é uma coisa muito pouca - um poema de Vasco Gato




a morte é uma coisa muito pouca
em nada se compara ao crescimento das constelações
a morte não respira nem se expande desde o centro
como fazem as estações desde o coração da terra

e assim eu sei que um sorriso é precioso
porque respira e alarga-se dentro dos olhos
e quando chega ao lugar em que a mão se abre
é já uma forma de sossego uma lua coberta de luar
um modo certo de trocar nomes em dias de excepção


 Vasco Gato
in  Um Mover de Mão, Assírio e Alvim, 2000.

1 comentário:

Breve Leonardo disse...

[por vezes o poema parece coisa de vagabundo,

e por vezes não!...]

um imenso abraço,

Leonardo B.