quarta-feira, 18 de abril de 2012

Se ... - um poema de Ana Luísa Amaral




IV

Se tudo fosse só êxtase súbito,
o papel intocável e intacto,
como o meu espaço e tu entrando devagar,
as portas que te abri
abrindo para a luz

Se tudo fosse só papel de prendas,
laços e colorido,
a festa do meu espaço
- e de ti no meu espaço -
as coisas consonantes

Ana Luísa Amaral "Entre dois rios e outras noites", Campo de Letras, 2007