sábado, 5 de janeiro de 2013

Ano Novo - um poema de José Almeida da Silva




ANO NOVO

Andou o ano todo
a envelhecer –

As noites e os dias
desnudados
e enxertados na vida
distraída

E o caminho a fazer-se
momento a momento
como se fosse único

A luz e a sombra
cresciam
como a Lua e o Sol

O choro e o riso
repetiam-se
e o sofrimento
e também a alegria

E como por magia
as doze badaladas
a soarem repetidas

E como o crepúsculo
se faz noite levemente
a madrugada desvela
da alegria a luz

Andou o ano todo
a envelhecer –

O tempo sempre outro
não cessa de nascer –

2012.12.28
José Almeida da Silva